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Uno Straniero a Paso Bravo - 1968
Dirigido por Salvatore Rosso
Me detenho neste ótimo "O Pistoleiro de Paso Bravo" por um detalhe que considero realmente muito curioso. Sabe-se que este filme foi lançado em dvd, com títulos em vários países, como Brasil, EUA, Espanha, França, Alemanha e Grécia. O trabalho final do dvd brasileiro é digno de elogios e, ao mesmo tempo, severas criticas. Primeiro, para você compreender bem, o fã brasileiro tem o privilégio de dispor deste filme na íntegra. Não há um corte sequer nesta cópia, que é, exatamente, a cópia estadunidense (A Stranger in Paso Bravo). Esta é a parte elogiável.
A crítica fica por conta apenas do formato de tela. A imagem está tão quadrada, que parece até a capa de um disco de vinil. Isso sem falar que, ao lançar mão desse formato horrível, a qualidade da imagem cai muito.
Por conta disso fui à caça, na net, por vários dias, em busca da cópia perfeita, e a encontrei, em alta definição, em arquivo mkv, avi e mp4. Acontece que, em toda a grande Rede, a única cópia que se consegue encontrar é a espanhola "Los Pistoleros de Paso Bravo", e aí, a decepção é grande. É uma pena, mas, infelizmente, a cópia espanhola está repleta de cortes, a começar pelo prólogo do filme, em cuja cena, em uma diligência, Gary declara que está indo a Paso Bravo, e só a partir daí, é que se inicia a apresentação de créditos do filme, com Steffen caminhando pelo deserto. Daí em diante, há uma sucessão de cortes tão grande que se você colocar, simultaneamente, o dvd brasileiro e a cópia espanhola, a história desta segunda vai transcorrer com uma maior velocidade, pelo fato da ausência de várias cenas e diálogos.
Em minha busca, na Internet, eu tentei encontrar uma única cópia estadunidense, para download, mas acabei não conseguindo. Parece que, pelo menos por enquanto, o dvd nacional, é o que vai permanecer em meu acervo, com o consolo de, ao menos, ser uma cópia completa, que já vale bastante.
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Django Não Perdoa, Mata - 1967
O mais importante que o fã do gênero precisa saber é que este filme não é um western. Na verdade, o 'fuzuê' amoroso entre José (Franco Nero) e Carmen (Tina Aumont), faz desse filme uma autêntica novela super melodramática, que vai agradar em cheio ao fã de um outro gênero chamado Drama. Pode ser fácil imaginar o que houve aqui. Com a presença de gigantes do western, como Franco Nero, Klaus Kinski, Lee Burton e Alberto Dell'Acqua, entre outros, as distribuidoras acabaram vendendo o filme como um western para vários países, inclusive a Alemanha. Basta observar que a trama não ocorre no Oeste americano, ou na fronteira mexicana. Aqui, o complicado romance entre José e Carmen ocorre na Espanha, na região de Andaluzia, no final do século XIX. O titulo brasileiro "Django Não Perdoa, Mata" é realmente muito sugestivo, entretanto, confesso que fiz 'cara feia' ao tentar assistí-lo.
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Sobre "Por Uns Dólares A Mais":
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Sobre Clint Eastwood:
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Para os fãs do gênero Spaghetti Western o rosto de Frank Braña, com toda certeza, pode parecer muito familiar e facilmente reconhecido pelos tantos filmes onde ele atuou. Depois de voltar da Inglaterra, onde aprendeu inglês, e trabalhar em um restaurante, em Madrid, conheceu a filha de um diretor de cinema e, graças a ela, começou a trabalhar no mundo do cinema. Geralmente não atuava como protagonista, mas, na maioria das vezes, como capanga de azendeiros ou como personagem secundário.
Francisco Braña Pérez nasceu em 24 de fevereiro de 1934, em Pola de Allande, Asturias. É considerado um dos secundários espanhóis com maior número de atuações ao longo de uma extensa carreira cinematográfica. Nas toneladas de westerns onde participou sua presença sempre foi muito requisitada, pois, tratava-se de um artista cuja presença sempre foi muito marcante, confiável e memorável. Quem não se lembra da inesesquecível cena de abertura de "Três Homens em Conflito" (The Good, The Bad and The Ugly), onde três caçadores de recompensas tentam capturar o feio e perigoso Tuco (Eli Wallach)?
Frank Braña faleceu na madrugada de 13 de fevereiro de 2012 (segunda-feira), vítima de uma insuficiência pulmonar, logo após ter dado entrada no Hospital Puerta de Hierro, de Majadahonda (Madrid), pouco antes de seu 78º aniversário.
Descanse em paz, Frank Braña, e muito obrigado por sua contribuição ao gênero que se tornou (e ao que todos conhecemos hoje como uma lenda que nunca morre) um fenômeno chamado Spaghetti Western.
Filmografia SW:
1964- La carga de la policia montada (Cavalry Charge)
1964- Por un puñado de dólares (Por Um Punhado de Dólares)
1964- Brandy (Cavalca e uccidi)
1964- El hombre de la diligencia (Cerco de muerte)
1964- Los rurales de Texas (I due violenti)
1964- la Tumba del pistolero (Tomb of the Pistolero)
1965- El Proscrito del río Colorado (Django le proscrit)
1965- Joaquín Murrieta (A morte de um pistolero)
1965- El último mohicano (La valle delle ombre rosse)
1965- Fuerte perdido ( I rinnegati di Fort Grant)
1965- Tierra de fuego (Jessy non perdona... uccide)
1965- La Muerte tenía un precio (Por uns dólares a mais)
1965- Adios, gringo (Adeus Gringo)
1965- Una Tumba para el sheriff (Um Caixão Para O Xerife)
1966- Sugar colt (El dia de la masacre)
1966- Mestizo ( Django non perdona)
1966- El precio de un hombre (O preço de um homem)
1966- El Rancho Maldito ( Ringo de Nebraska )
1966- Cazador de recompensas (Per il gusto di uccidere)
1966- El Halcón y la presa (La Resa dei conti)
1966- El Bueno, el feo y el malo (Três Homens em Conflito)
1967- El hombre que mató a Billy el Niño (O homem que matou Billy the Kid)
1967- Oro maldito (Django Kill)
1967- Tú perdonas...yo no (Deus perdoa... eu não)
1967- Faccia a faccia (Cara a cara)
1967- Un hombre vino a matar (L'uomo venuto per uccidere)
1968- Quinces horcas para un asesino (Quindici forche per un assassino)
1968- La Hora del coraje (Tutto per tutto)
1968- Un minuto para rezar, un segundo para morir
1968- Lo quiero muerto (Eu Quero Ele Morto)
1968- El sabor del odio (Uma Pistola Para Cem Caixões)
1968- El Secreto del capitán O'Hara ( Il segreto di Ringo)
1968- Los cuatro truhanes (Quattro dell'Ave Maria)
1968- Hasta que llegó su hora (Era uma vez no Oeste)
1968- Por techo, las estrellas (Quem dispara primeiro)
1969- Sin aliento (La morte sull'alta collina)
1969- Dos hombres van a morir (Ringo, o cavaleiro solitário)
1969- Garringo
1969- El vengador del sur (I vigliacchi non pregano)
1969- La muerte de un presidente (O preço do poder)
1970- Un par de asesinos (Sartana é Seu Nome)
1970- El Zorro justiciero (E continuavano a chiamarlo figlio di...)
1970- Manos torpes (Matar, fugir ou morrer)
1971- Y dejaron de llamarle Camposanto (Ainda Me Chamam Campo Santo)
1971- !Llega Sartana! (Sartana Está Chegando)
1972- Los buitres cavaran tu fosa (I corvi ti scaveranno la fossa)
1972- El más fabuloos golpe del Far West
1972- Una bala marcada (Dio in cielo... Arizona in terra)
1972- La muerte llega arrastrándose (A Morte Chega a Assobiar)
1973- Mano rápida (Fast Hand Is Still My Name)
1973- Los tres superhombres en el Oeste (Three Supermen of the West )
1973- Un dólar de recompensa (As balas do odio )
1973- La banda de Jaider
1975- Si quieres vivir...dispara (If You Shoot... You Live!)
1975- Dallas (Os dez Homens do Oeste)
1975- La Máscara de cuero (In nome del padre, del figlio e della Colt)
1976- Fantasmas en el oeste (Whisky e fantasmi)
1981- Duelo a muerte (Venganza del lobo negro)
1981- El lobo negro (The Black Wolf)
1985- Tex e il signore degli abissi (Tex Willer e os Senhores do Abismo)
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* Sobre "Era Uma Vez No Oeste":
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* Sobre Anthony Steffen:
01- Anthony Steffen nasceu na Embaixada do Brasil em Roma, filho do embaixador Manuel de Teffè, e por isto tinha dupla nacionalidade. Foi batizado com o imponente e aristocrático nome de Antonio Luís de Teffè von Hoonbolz, em homenagem ao bisavô, um aristocrata de origem prussiana que foi almirante-chefe da frota brasileira na época de Dom Pedro II e que recebeu do imperador o título nobiliárquico de Barão de Teffè.
02- Certa vez, analisando o sucesso dos spaghetti westerns, Steffen arriscou sua interpretação do fenômeno. Disse que o mundo estava mudando nos anos 1960 e, se os faroeste feitos na Itália faziam mais sucesso do que os autênticos, produzidos pelos americanos, é porque eram mais cruéis, mais verdadeiros. "Eram duros e extremamente realistas", disse ele.
03- Antes de estrear como ator, foi assistente de direção de Mauro Bolognini em Ci Troviamo in Galeria, de 1953 – e o filme era interpretado pela jovem Sophia Loren e por Alberto Sordi. Foi produtor (Django, o Bastardo, em 1969) e roteirista (Os Mil Olhos do Assassino, em 1974). Em 1965, quando o spaghetti western já se tornara o gênero dominante da produção industrial italiana, foi cooptado pelo diretor Edoardo Mulargia, que o convidou para estrelar um daqueles bangue bangues filmados nas planícies de Almeria, na Espanha, escolhidas pela semelhança com as pradarias dos Estados Unidos.
04- Steffen gostava de contar que a única exigência do diretor foi a de que ele soubesse montar. Disse que era um cavaleiro estupendo, mas não era. Nunca havia montado num cavalo e esse foi apenas o começo de seus problemas com eqüinos. Mais tarde, durante a rodagem de um dos 23 spaghetti westerns que interpretou – quase sempre, ou sempre, dispensando dublês –, sofreu um acidente. O cavalo rodou e caiu sobre ele. Antonio de Teffè teve de ser hospitalizado. Pegou ódio de cavalo, mas seguiu montando, por razões de ordem profissional.